quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Memorável lição: na hora de reduzir custos, os seres humanos vêm em último lugar.




Você é diretor de uma indústria de geladeiras. O mercado vai de vento em popa e a diretoria decidiu duplicar o tamanho da fábrica. No meio da construção, os economistas americanos prevêem uma recessão, com grande alarde na imprensa. A diretoria da empresa, já com um fluxo de caixa apertado, decide, pelo sim, pelo não, economizar 20 milhões de dólares. Sua missão é determinar onde e como realizar esse corte nas despesas.

Esse é o resumo de um dos muitos estudos de caso que tive para resolver no mestrado de administração, que me marcou e merece ser relatado. O professor chamou um colega ao lado para começar a discussão. O primeiro tem sempre a obrigação de trazer à tona as questões mais relevantes, apontar as variáveis críticas, separar o joio do trigo e apresentar um início de solução.

"Antes de mais nada, eu mandaria embora 620 funcionários não essenciais, economizando 12 200 000 dólares. Postergaria, por seis meses os gastos com propaganda, porque nossa marca é muito forte. Cancelaria nossos programas de treinamento por um ano, já que estaremos em compasso de espera. Finalmente, cortaria 95% de nossos projetos sociais, afinal nossa sobrevivência vem em primeiro lugar". É exatamente isso que as empresas brasileiras estão fazendo neste momento, muitas até premiadas por sua "responsabilidade social".
Terminada a exposição, o professor se dirigiu ao meu colega e disse:
-Levante-se e saia da sala.
-Desculpe, professor, eu não entendi - disse John, meio aflito.
-Eu disse para sair desta sala e nunca mais voltar. Eu disse: PARA FORA! Nunca mais ponha os pés aqui em Harvard.
Ficamos todos boquiabertos e com os cabelos em pé.
Nem um suspiro. Meu colega começou a soluçar e, cabisbaixo, se preparou para deixar a sala. O silêncio era sepulcral.
Quando estava prestes a sair, o professor fez seu último comentário:
-Agora vocês sabem o que é ser despedido. Ser despedido sem mostrar nenhuma deficiência ou incompetência, mas simplesmente porque um bando de prima-donas em Washington meteu medo em todo mundo. Nunca mais na vida despeçam funcionários como primeira opção. Despedir gente é sempre a última alternativa.

Aquela aula foi uma lição e tanto. É fácil despedir 620 funcionários como se fossem simples linhas de uma planilha eletrônica, sem ter de olhar cara a cara para as pessoas demitidas. É fácil sair nos jornais prevendo o fim da economia ou aumentar as taxas de juros para 25% quando não é você quem tem de despedir milhares de funcionários nem pagar pelas conseqüências. Economistas, pelo jeito, nunca chegam a estudar casos como esse nos cursos de política monetária.

Se você decidiu reduzir seus gastos familiares "só para se garantir", também estará despedindo pessoas e gerando uma recessão. Se todas as empresas e famílias cortarem seus gastos a cada previsão de crise, criaremos crises de fato, com mais desemprego e mais recessão. A solução para crises é reservas e poupança, poupança previamente acumulada.

O correto é poupar e fazer reservas públicas e privadas, nos anos de vacas gordas para não ter de despedir pessoas nem reduzir gastos nos anos de vacas magras, conselho milenar. Poupar e fazer caixa no meio da crise é dar um tiro no pé. Demitir funcionários contratados a dedo, talentos do presente e do futuro, é suicídio.

Se todos constituíssem reservas, inclusive o governo, ninguém precisaria ficar apavorado, e manteríamos o padrão de vida, sem cortar despesas. Se a crise for maior que as reservas, aí não terá jeito, a não ser apertar o cinto, sem esquecer aquela memorável lição: na hora de reduzir custos, os seres humanos vêm em último lugar.

domingo, fevereiro 15, 2009

Mensagem: A cruz de cada um de nós


A Sala das cruzes

Um homem estava no fim de suas esperanças. Não vendo saída , ele caiu de joelhos e rezou :
"Senhor! Eu não posso prosseguir, minha cruz é muita pesada para carregar".
E Deus respondeu : "Meu filho, se você não pode suportar esse peso, coloque sua cruz nesta sala, e depois abra aquela outra porta e pegue a cruz que desejar".
O homem se sentiu aliviado e disse: "Obrigado, Senhor"
Suspirou mais tranqüilo e fez o que Deus mandou.Entrou na outra sala, olhou-a toda, e viu muitas cruzes diferentes. Algumas eram tão grandes, que não dava para enxergar seus topos.
Aí ele percebeu uma pequena cruz encostada numa parede. "Eu quero aquela cruz ali, Senhor" , ele sussurrou .
... e Deus respondeu : "Meu filho, aquela é a cruz que você deixou" .
Lembre-se ... ELE não nos dá cruz que não possamos carregar ...


A cruz muito pesada

Um homem julgava sua cruz muito pesada. Fazia a jornada da vida, entre os demais, carregando de má vontade os próprios problemas.
Pensou muito em como amenizar o fardo e um dia... Eureca! — descobriu que podia serrar um pedaço da sua cruz. Isso o satisfez por certo tempo, até que, de novo, decidiu:
— Por que não facilitar a vida? Sou livre para fazer o que bem entendo com a minha cruz!
E, ligando a intenção ao ato, serrou mais um pedaço. Os anos se passaram e muitos pedaços foram cortados. Por fim, o homem levava uma minúscula cruz. Chegando ao termo da viagem, pararam todos, à margem de uma vala. Do outro lado, apareceu um anjo, que deu boas vindas a todos e instruiu:
— Deponham suas cruzes sobre a vala. É a medida exata para servir de ponte para cá. Mas cada um só pode atravessar pela cruz.
O homem olhou a largura da vala, comparou com sua pequena cruz e olhou para o anjo. Mas este lhe disse:
— É uma pena, mas você deve voltar e juntar todos os pedaços serrados, emendá-los e trazer a cruz inteira a seu termo.

domingo, fevereiro 01, 2009

Deficiências

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e falecido em 05/05/1994 )

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem enxergar a grandeza de Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."