domingo, fevereiro 17, 2008
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Consumismo
Consumismo
Até que ponto somos viciados em nossos confortos mundanos? Ao extremo. Em primeiro lugar, existem coisas convencionalmente viciantes. Se você for viciado em nicotina ou álcool, conhece bem o significado do vício. Podemos também ser viciados em drogas receitadas por médicos, sexo, tranquilizantes, moda e experiências.
O vício automobilístico é particularmente extenuante. O custo da manutenção dos carros é, com freqüência, muitas vezes mais alto do que o próprio custo inicial do carro. O custo do combustível, do óleo, do seguro, do pedágio, o custo da assistência médica para curar feridos em acidentes, o custo total do vício automobilistico gira em torno de trilhões de dólares.
Roupas, aparelhos eletrônicos, diversão - nossos olhos, ouvidos e mentes são incitados constantemente a adquirir no-vas máquinas a fim de participar de grandes redes e comunidades de consumo.
A questão é que, em nossa busca eterna de estímulos externos, desperdiçamos e consumimos sem nos satisfazermos. Quando um novo carro nos tornou permanentemente felizes? Um novo amante? Uma roupa nova? O prazer é tão fugidio quanto o desejo original de consumir, fazendo com que nos voltemos cada vez mais para o exterior. A chave para acabar com esse ciclo é descobrir a fonte de descontentamento e entender que ela nunca secará. Quando pararmos de trabalhar para o chefe que nunca se satisfaz, poderemos então apreciar ou desfrutar de algo sem o sofrimento de sua futura e inevitável perda, sem o desejo urgente de ter mais - em outras palavras, sem dependência. Dessa maneira, é possível ter a experiência do verdadeiro prazer. Essa é a versão interior da revolução tranqüila.